segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

A BUROCRACIA BRASILEIRA

 POR QUE A BUROCRACIA BRASILEIRA FUNCIONA MAL E COM BAIXA PRODUTIVIDADE

Fui, com minha filha, a um prédio gigantesco do INSS, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília, para dirimir dúvida sobre pagamento de férias de meu colaborador no Sítio das Neves. O pagamento é feito via sistema eletrônico Esocial. Por alguma razão misteriosa, o sistema mostrou os impostos a serem pagos, mas não o valor total do mês de janeiro, 2025 e dos 20 dias de férias, tendo vendido os outros 10 dias. O sistema produz comprovantes de cada movimento. Um dos demonstrativos, com colunas de números, mostra o total líquido a receber: R$ 0,00 e, logo abaixo, antes da assinatura do trabalhador e da data do recebimento, está escrito: Recebi o total líquido discriminado neste recibo. Opa! Que é isso? Fomos ao prédio da administração do INSS. Graças a meus 90 anos, fomos recebidos por um ser humano, no guichê dois. Ouvido o motivo de nossa visita, o ser humano se dirigiu a outro setor e voltou com a resposta: “Aqui não fazemos esses cálculos. É na Receita Federal.” Sob um Sol cáustico, enfrentamos 1.300 metros até chegar a outro imenso prédio, cercado de vigilantes. Entramos na fila preferencial. Três seres humanos, que ali atendiam, deram informação definitiva: “a Receita, desde a Pandemia (Covid19) não presta esses serviços de cálculo ao INSS. Vocês teriam que ligar no 0800 do Esocial para a devida orientação.”
Retomamos os 1.300 metros e enfrentamos novamente o guichê 2. Atônita, diante da argumentação de minha filha, defendendo os direitos do trabalhador, a pessoa deu-nos a solução mágica: “Entre no site do Esocial e acesse o FALE CONOSCO. O senhor tem contador? Quem pode resolver isso é um contador!”
Por que esse contador mágico, pensei, não trabalha no INSS? Esse absurdo parece samba do cidadão aloprado ou uma tragédia burocrática. Como explicar isso a meu colaborador? Parei diante daqueles enormes prédios envidraçados e me convenci:
A BUROCRACIA BRASILEIRA FUNCIONA MAL PORQUE OS PRÉDIOS ADMINISTRATIVOS SÃO ENORMES, ENORMES E INACESSÍVEIS AO CIDADÃO.
Todas as reações:
Milza Guidi, Claudia Lulkin e outras 14 pessoas

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

CHUVAS DE DEZEMBRO ▬ ANOS 2012 a 2024

 

CHUVAS DE DEZEMBRO  ▬  ANOS 2012 a 2024

SÍTIO DAS NEVES – BR 060 – KM 26 – DF -

Em milímetros ─ 1 mm = 1 litro/m2    

 MÊS                                      MM/MÊS           TOTAL/ANO/ MM

2012                                       212.7

2013                               –         311.6                2.255,6

2014                               –         323.2                1.677,5

2015                               –         404.2                1.642,7

2016                               -          264.4                1.921,7

2017                               ─         298.7               1.478,7

2018                               –         133.8                1.760.5

2019                               –         189.7                1.069.3

2020                               ─        336.7                1.787,8

2021                                ─       329.4                1.710.8

2022                               ─        305.9                1.279,2 

2023                               ─        308.1                1.323.4) 

2024                               ─         213.9               1.770,9 (no ano)

 

Durante 156 meses (doze anos), registro e publico os volumes de chuva, captados pelo pluviômetro autorizado pela Agência Nacional de Águas, na área da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Lajes. Durante 50 anos, desde 1974, constato e acompanho a enorme energia das árvores, associada às águas pluviais, na lenta, gradual e corajosa regeneração de um ecossistema milenar do bioma Cerrado. É lamentável que mais da metade dele esteja desvirtuado.

O mês de dezembro de 2024, recebeu 213.9 litros de chuva por metro quadrado. O Sitio das Neves (700.000 m2) recebeu, ao longo do mês.  149.730.000,0 litros dos quais 75%, mais de 112,2 milhões de litros foram absorvidos pela vegetação para recarga dos aquíferos, estabilidade das nascentes e revitalização dos córregos. O acumulado de chuvas do ano de 2024, é de 1.770,9 mm (ou litros por m2,) na região da microbacia do Ribeirão das Lajes, no Distrito Federal.  Por incúria da administração do GDF e ausência de planejamento hídrico, para recarga dos aquíferos, a olhos vistos, a maior parte das águas de dezembro/2024, caídas na área do DF, 90% se perdeu asfalto abaixo sem alimentar nossos aquíferos e causando tristezas e frustrações aos moradores de Sol Nascente e Por do Sol, no Distrito Federal.

Não é falta de chuva, não é falta de água, somos nós, que estamos desviando as águas para fora de nossas casas e impedindo que se infiltrem no subsolo.  Se impermeabilizamos nosso solo com cimento, asfalto, etc. a água vai embora e todos ficamos sem água”.  Prof. Vagney Augusto, geólogo da UnB.

GRÁFICOS.