CHUVAS DE JANEIROS ▬ ANOS 2013 a 2023
Em milímetros ─ 1 mm = 1 litro/m2
ANOS MÊS ▬ TOTAL ANO/ MM
2013 – 457.8 2.255,6
2014 – 169.8 1.677,5
2015 – 84.0 1.642,7
2016 - 487.4 1.921,7
2017 - 177.5 1.478,7
2018 – 308.7 1.760.5
2019 – 48.4 1.069.3
2020 − 350.9 1.787,8
2021 135.4 1.710.8
2022 – 225.0 1.279,2
2023 - 221.9 1.323.4)
2024 - 419.5 419.5 (No ano)
SÍTIO DAS NEVES, BR 060, KM 26, DF, EM REGENERAÇÃO DESDE 1974. Uma área degradada como era a do Sítio das Neves, segundo especialistas em recuperação do Cerrado, leva até 50 anos para se regenerar. O Sítio das Neves, completa 49 anos em processo de regeneração lenta, gradual e efetiva do ecossistema. O pequeno Sítio das Neves integra os 48% que restam de Cerrado com vegetação nativa. A área de 70 hectares foi declarada reserva do patrimônio nacional mediante Termo de Compromisso mútuo assinado pelo IBRAM/SEMA/DF, conforme expresso em placa oficial instalada na porteira do Sítio.
Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados coletados no mês de janeiro dos últimos 12 anos pelo pluviômetro instalado no Sítio das Neves pela Agencia Nacional de Aguas (ANA). Os dados refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF.
O acumulado de chuvas do ano de 2024, é de 419.5 mm ou litros por m2, na região da microbacia do Ribeirão das Lajes.
Dos 31 dias do mês de janeiro em apenas 6 das mão houve chuvas e o volume do mês ultrapassou os 400 mm. Os 700.000 metros quadrados do Sítio das Neves receberam, neste mês, 293.650.000 litros de água, dos quais 75% foram retidos pelas árvores garantindo a recarga dos aquíferos e a vazão das nascentes. A regeneração do Cerrado depende da capacidade de detenção das águas da chuva pela floresta nativa apoiada por dezenas de espécies de gramíneas do bioma. A Biocomunidade do Sítio das Neves não emite, há 20 anos, gases de efeito estufa, além de armazenar carbono sob a vegetação.
Para os que me perguntaram sobre o volume de água da chuva no DF. no mês de janeiro, o valor resulta da multiplicação de metros quadrados da área do DF por 420 mm (litros por m2) = 2 trilhões 345 bilhões e 240 milhões de litros de água (ou 2 bilhões de metros cúbicos). Não é falta de água! É nossa incapacidade ecológica e falta de precaução ao impermeabilizar a cidade, expulsando a água de nossas nascentes.
As agressões à natureza, seus biomas, seus ecossistemas são a antessala do suicídio coletivo. Os promotores desse suicídio explícito são os que foram eleitos pela democracia sem controle dos cidadãos despreocupados. Dois milhões de carros e três milhões de cidadãos socando quilômetros de asfalto não ha ecossistema que resista. A justiça ambiental do DF é tímida, frouxa e, talvez (?) comprometida com o suicídio ecológico.
NO PRIMEIRO GRÁFICO, pode-se constatar a irregularidade das chuvas ao longo dos anos.
NO SEGUNDO GRÁFICO, percebe-se que o tempo chuvoso cobriu mais de vinte dias do mês de janeiro. Praticamente choveu todos os dias em alguma área do Distrito Federal. As áreas mais beneficiadas são as que apresentam melhor cobertura de vegetação nativa e contribuem para a recarga dos aquíferos. Intelizmente, a impermeabilização da cidade e a devastação gradativa do Cerrado não contribuem para alimentar as nascentes do berço das águas.
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