BREVE CURRÍCULO – PDERA FUNDAMENTAL.
Eugênio Giovenardi, 89, natural de Casca, RS.
É filósofo pela Universidade São Boaventura e sociólogo licenciado pela
URGS E UNIJUÍ, RS.
Completou seus estudos na Universidade de Paris – França (1967-69) - e na
Universidade Tecnológica de Loughboro (pronúncia: Lofboro), Inglaterra
(1971-72).
Reside em Brasília desde 1972.
Consultor Técnico Principal aposentado da Organização Internacional do
Trabalho, na Colômbia.
É acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico/DISTRITO FEDERAL e da
Academia de Letras do Brasil. Recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura em 2003,
Porto Alegre/RS. Publicou 27 livros, dos quais 12 são sobre ecologia. Dedica-se
à ecossociologia do Cerrado. Colabora durante 49 anos com a regeneração de uma
área de 70 hectares de Cerrado, denominada Biocomunidade Sítio das Neves. É a
primeira área do DF, desde a inauguração de Brasília, a ser incluída, em
caráter perpétuo, na reserva do Patrimônio Nacional, mediante assinatura de
Termo de Compromisso pelo Presidente do Ibram/SEMA/DF.
Casado com a jornalista e tradutora finlandesa Hilkka Mäki. Tem uma
filha, Aino Alexandra e duas netas, Luiza e Laura.
PEDRA
FUNDAMENTAL – 14.12.2023
Felipe Vitelli Peixoto....
Hilkka, minha esposa, Aino, minha
filha, Luiza e Laura, amáveis netas.
Amigos,
A pedra fundamental de Brasília é o ânimo
visionário que a impulsionou para superar paradigmas, modelos, protótipos, referências, horizontes
e tempos.
Conheci Brasília em 1966. No raiar de
um dia de outono, desembarquei do ônibus, na rodoviária vazia. Caminhei pelas
ruas desertas. Mirei na Esplanada uma linha dupla de prédios e a Catedral. A
burocracia e os anjos ainda dormiam.
Impressionaram-me os monumentos de
concreto e cimento! Mas, o que me tocou profundamente os subterrâneos da mente
foi o monumental silêncio das noites brasilianas. Elas me fizeram penetrar nos
mistérios do tempo e do universo. Foi na quietude desse provocante silêncio que
encontrei a porta da liberdade de pensar e de não ter medo da vida.
O punho erguido da libertação se
conjugava com uma cidade ainda infante. Os passos dessa nova caminhada deixei
impressos em meus primeiros livros – O HOMEM PROIBIDO e NO MEIO DO CAMINHO.
O silêncio do Cerrado me ensinou a
Ouvir as Árvores. Ouço-as dizer que preferem a liberdade de se reproduzir e
lançar ao vento suas sementes. Elas me revelaram os mistérios da árvore da vida
da qual todos pendemos, humanos e não humanos, e me confidenciaram sua união
estável e inseparável com o Olho d’Água.
Aceito e agradeço esta comenda.
Amigos, a Pedra Fundamental de
Brasília é o ânimo visionário que incita o brasiliense a superar paradigmas, protótipos, referências, horizontes e os
tempos da história humana e não humana que pende da árvore da vida.
Eugênio Giovenardi
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