A confusão mental tomou de assalto, aqui e alhures,
os ideais e os comportamentos de políticos e de líderes de movimentos e
organizações sociais. A complexidade das relações humanas e destas com a
natureza se origina e se amplia com o aumento da população da espécie sapiens no limitado espaço do planeta.
Quem manda sobre quem e quem administra os bens da natureza são questões restritas
à perplexa comunidade do homo sapiens.
A liberdade de pensar e a expressão de decisões e
ideias requerem serenidade para ouvir e silêncio para refletir. Sair às ruas,
aos milhares, gritar palavras de ordem, dispor-se a lutar fisicamente para
entronizar propostas e interesses grupais não parece a melhor nem a mais
adequada atitude mental para dialogar.
Multidão nas ruas contra multidão fechada em casa dificilmente
conseguirá ouvir a pergunta e a resposta desejadas. Pensar não é um direito. É
uma função essencial do cérebro. No grito e na marra é ainda a fase preliminar
da evolução cerebral. O pensamento que alimenta a convivência entre as pessoas
e entre estas e a natureza não brotará do grito nem frutificará na marra.
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