segunda-feira, 24 de abril de 2017

O RISCO DA TECNOLOGIA


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(Zero casualidades. É para valer)


As ameaças à vida humana e, por consequência, a grande parte da biodiversidade vegetal e animal, vêm da criatividade tecnológica da espécie homo, há milhares de anos, e de seu uso. Da invenção da roda ao chip, os problemas que essas inovações nos armam nem sempre têm soluções adequadas à felicidade humana.
Os adoradores da tecnologia creem que essa divindade resolverá indefinidamente todos os problemas que a espécie humana cria ao longo do tempo. Ouve-se que não faltara comida nem água para os 11 bilhões de pessoas que estarão vivas em 2100. Mais de cinquenta cidades e o DF têm o fornecimento de água racionada em 2017. Os dados da fome, conhecidos hoje, nada asseguram sobre a futura abundância.
Estamos perdendo o controle no uso da tecnologia. A começar pelo aumento da população humana. Máquinas de todo tipo para todas as necessidades e desejos criados pela propaganda engenhosa estimulam a reprodução. A tecnologia supõe educação e evolução na escolha de comportamentos para a convivência humana.
Sexo não é sinônimo de maternidade ou paternidade. É um mecanismo de reprodução, mas a procriação dos seres vivos está relacionada a alimentos existentes ou em potencial na natureza. E esses bens serão sempre limitados. Portanto, não é a tecnologia que resolverá o uso de bens limitados se o número de consumidores não for contido.
Quem e quantos são os consumidores? Bilhões de árvores, bilhões de animais de terra e água, bilhões de insetos e pássaros e 7, 4 bilhões de humanos a caminho dos 11 bilhões.
Já não temos controle sobre os aparelhos que a tecnologia projetou. Nem os pais controlam seu celular nem o dos filhos. Quem projetou as redes de comunicação não tem controle sobre elas. Quem decide quando e como os aparelhos eletrônicos devem funcionar responde pelo nome de doutor sistema. Sai e volta quando quer.
Quem projetou bombas, metralhadoras e tanques não controla seu instinto assassino e o número de mortos se conta aos milhares por dia. O descontrole irreprimível no uso da tecnologia levará a espécie humana à extinção. Provavelmente o córtex cerebral não tenha tempo suficiente para abrigar os novos passos da evolução.
A tecnologia não tem solução para deter os fenômenos naturais com bilhões de anos de experiência e constância. Raios, tornados, tempestades, ventanias, secas desafiam nossa criatividade tecnológica. Não é com mais gente que enfrentaremos os fenômenos da natureza. Nem será com mais alguns bilhões de seres humanos que aumentaremos os bens limitados do planeta.

Ou tomamos consciência de que nossa grandeza de seres vivos consiste em nos adaptar à realidade de bens limitados à sobrevivência ou desapareceremos sem causar prejuízos ao planeta e ao universo.

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