sábado, 13 de junho de 2015

MUDAR PARA MUDAR



A evolução da espécie humana se fez em longas e difíceis caminhadas. A história está repleta de êxodos. Há que abrir caminhos para sobreviver.
Os sinais, os alertas, os alarmes e os fatos climáticos já soaram. Ou mudamos o rumo de nossas relações com a natureza ou seremos mudados. A mudança começa enchendo as ruas de cidadãos convencidos de seu poder e impelidos pela liberdade de escolher.
Se milhões de trabalhadores decidem se dirigir a seus postos de trabalho a pé, em bicicleta ou ônibus, vindos do Plano Piloto, Valparaíso, Santa Maria, Samambaia ou Sobradinho, sem medo de que lhe cortem o ponto, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Se milhares de funcionários públicos decidem ir aos ministérios, autarquias, empresas públicas e bancos a pé, em bicicleta ou ônibus sem medo de não completar relatórios e pareceres inócuos, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Deputados, senadores e ministros, para não serem vaiados, irão a seus gabinetes a pé, em bicicleta ou ônibus sem medo de atrasar discursos ou propor leis que não pegam. A presidente do país irá de bicicleta ao Palácio do Planalto assinar os projetos de lei que mudam o rumo dos investimentos. A classe política e a elite empresarial sentirão nos pés a necessidade de propor mudança no rumo dos investimentos.
A multidão silenciosa recuperará o espaço que milhares de carros lhe usurparam para enterrar em vias, viadutos e estacionamentos o dinheiro que falta à educação, à saúde e ao bem-estar.

A mudança começa ao tomar as ruas de todas as cidades com liberdade e poder coletivo.

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