(crônica)
Preciso
de tão pouco. O ar que respiro. Invisível. Vital.
Um
olhar sincero. Um sorriso afável. Uma palavra saudável.
Um
gesto solidário. Um abraço apertado. Recebido e dado.
Um
copo d’água. Um pão de centeio. Uma taça de vinho.
A sombra
de árvores. O chuá do ribeirão.
Um
livro, dois livros, vários livros.
Escutar
Lago de Como à noitinha.
Ouvir
uma harpa no lago azul de Ipacaraí.
Cantar
Saudades do matão ao violão.
Caminhar
pelo cerrado. Abraçar árvores tortas de sede e fogo.
Sair
à noite e ouvir estrelas.
Caminhar,
caminhar todos os caminhos.
Poucas
palavras. Dizer que amei. Imensamente.
Amei
você que apareceu no meio do meu caminho.
Você
que brotou de nós.
Vocês
que brotaram de quem brotou de nós.
Quero
pouco. Nem sempre o tenho. Nem sempre o dou.
Por
fim, aprende-se que o pouco somado é muito.
11.7.2014
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