(SOBRE A MORTE DOS PÁSSAROS EM ANÁPOLIS, GOIÁS.)
Circulam informações sobre a morte de pássaros nas áreas de produção de soja nos campos de Anápolis, Goiás. Supõe-se que tenham sido envenenados com produtos químicos para não comerem os grãos das plantações.
Para dizimar pássaros por meio de envenenamento é
necessário usar aviões agrícolas. Alta tecnologia mecânica e química é o
prolongamento do braço humano para ter maior eficiência do trabalho e aumento
da produtividade. Com a prótese tecnológica aumentam-se também os custos
econômicos, os riscos de acidentes, as probabilidades de contaminação do
ambiente e, principalmente, o envenenamento de seres vivos produzindo doenças e
mortes.
Essa soja protegida por venenos químicos, também ditos
agrotóxicos, se transforma em alimento humano e animal. Vegetarianos comem
proteína de soja. Os animais domésticos, do gato ao cão, da galinha ao porco, da
vaca leiteira ao boi do açougue se alimentam desses produtos cujo tratamento nas
lavouras está matando aves silvestres.
Nossos restaurantes e nossas cozinheiras usam e abusam
do óleo de soja impregnado de venenos utilizados nas lavouras. Nossos campos,
nossos rios, nossas florestas, nosso ambiente estão densamente envenenados.
Infelizmente não existem relatórios sérios e científicos
das doenças e transtornos físicos registrados no meio rural brasileiro e nas
áreas de influência das grandes plantações de milho, soja, arroz e feijão.
A notícia da morte de pássaros é um sintoma dos riscos
a que estamos sujeitos. A informação vem solta como se fosse um caso isolado e
sem consequências para a biocomunidade.
Esta guerra invisível contra a biodiversidade está a
exigir uma solida organização de proteção a todas as formas de vida à
semelhança do Green Peace. O Ártico é aqui, perto de nós, na iminência de nos
sufocar com dióxido de carbono e pulverizações com substâncias químicas sobre
alimentos humanos, sobre a flora e a fauna.
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