As inundações em Brasília, ano a ano mais frequentes e
com maiores prejuízos para a população, em novos locais, demonstram a cegueira
administrativa dos planejadores urbanos.
A captação das águas da chuva é uma das medidas que
ainda não bateram à porta da inteligência urbana. A captação começou a ser
eliminada do conjunto de ações e projetos urbanísticos com a erradicação da
vegetação.
Asfalto, calçadas e cimento em lugar de árvores formam
rios e canais para o curso das águas. A declividade, a velocidade e a lei da
gravidade não foram calculadas para localização das bocas-de-lobo coletoras.
Nem sequer os administradores consultaram as previsões meteorológicas para conhecer
o volume máximo de precipitação por m2 com o fim determinar a bitola
dos bueiros.
Os prédios de Brasília, com raríssimas exceções, não coletam
parte da água pluvial para uso alternativo à água potável. Galerias
subterrâneas para armazenamento de água com o fim de usá-la no período seco não
despertaram o interesse de urbanistas, engenheiros, arquitetos e
administradores da cidade.
O exemplo das galerias de Tóquio poderia ser seguido
aqui com mais facilidade do que lá. Temos engenheiros capacitados, tecnologia
adequada e muito dinheiro (desviado para bolsos, bolsas e meias).
Por que não construir, em pontos mais críticos,
algumas galerias de captação e armazenamento de águas da chuva?
27/11/2012
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