Para onde caminha o planejamento e a gestão da água
que temos no DF e arredores?
Destaco três elementos fundamentais para esse trabalho
administrativo que envolve a sociedade civil e os administradores delegados por
ela para aplicar os impostos e o dinheiro arrecadados em favor da coisa
pública.
População
População é a razão de ser da administração pública. É
ela, em nossa organização social e econômica, que oferece os meios financeiros
para criar as condições de sobrevivência, reprodução e convivência social com o
objetivo de trazer felicidade à espécie humana.
O aumento quantitativo da população está diretamente
ligado à quantidade e variedade de alimentos que podem ser obtidos da natureza.
Esses bens e riquezas naturais – água e alimentos – são limitados. Esses
limites naturais indicam limites na reprodução de todos os seres vivos.
Interdependência de todos os seres vivos – plantas e animais - é uma lei da
natureza. Quando esta lei é rompida, todos os seres vivos são solidariamente
afetados.
Está implícita na execução biológica de todos os seres
uma taxa variável de reprodução. A taxa de reprodução pode ser intensa, em
determinadas circunstâncias e precisa ser controlada em outras condições de
escassez de bens naturais.
Tendo como critério a precedência ecológica – limites de
bens e riquezas naturais – o crescimento da população humana, em todas as regiões
do planeta, precisa ater-se à taxa simples de reposição. A taxa de crescimento demográfico
não pode ser, hoje, igual à de épocas em que a abundância de bens convidava à reprodução
generosa. Uma taxa de crescimento, hoje, acima da simples reposição, amplia a
necessidade de maior ocupação dos espaços e intenso uso de bens e riquezas naturais.
A água é um dos elementos vitais mais frágeis da
natureza e dela depende a sobrevivência e a reprodução de todas as espécies
vivas. Não é igualitário nem democrático o acesso à água. A gestão pública e
privada da água é discriminatória. Para planejadores e gestores a ecologia, na
prática, está subordinada à economia. O racional é inverter a ordem do
planejamento e da gestão dando precedência à ecologia como determinadora do que
pode ser feito segundo o princípio da precaução.(Continua no próximo número)
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