As dificuldades de acesso à água na região Sudeste e
outras regiões do país são consequências de muitas causas.
– Mudanças climáticas não previstas ou mal
interpretadas que interferem no regime de chuvas, não necessariamente na quantidade.
– Localização dos lagos de reserva e armazenamento sem
rede de conexão entre eles.
– Desmatamento progressivo das áreas de recarga, queimadas, redução da umidade do ar e desvio de ventos que conduzem os rios voadores
(nuvens carregadas de água).
– Urbanização densa por crescimento da população e aumento gradativo do consumo diante da oferta fixa e limitada.
– Impermeabilização de extensas áreas, obstáculos
diversos para escoamento e direcionamento das águas produzem inundações sem
armazenamento aproveitável.
Em conclusão: há uma oferta anual fixa da chuva e de mananciais
para abastecer uma demanda múltipla crescente pelo aumento da população urbana,
dos serviços inerentes à sua sobrevivência e a de todos os demais seres vivos vegetais
e animais. A biodiversidade e a interdependência dos seres vivos são afetadas causando
dificuldades a todos as espécies da biocomunidade.
Não sendo possível reduzir em curto prazo a população ou
removê-la para outras regiões, a medida imediata é o racionamento universal (individual
e coletivo) da água.
A medida racional é a captação da água da chuva em pontos
diversificados e com técnicas adequadas aplicáveis a casas, prédios e ruas, no campo
e nas cidades.
Os custos serão variáveis, mas enormes, em consequência
das práticas de produção de alimentos, do estilo e modelo de urbanização agravados
pelo aumento da população.
28.1.2015
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