É MUITO MAIS ÁGUA DO QUE SE IMAGINA
A
Agência Nacional de Águas instalou um pluviômetro no meu Sítio das Neves. A
impressão que se tem, às vezes, é que choveu pouco. Outras, que choveu muito.
Mas esse pouco e esse muito quanto é? Pois, aqui estão alguns dados
inacreditáveis a olho nu.
No
mês de novembro, 2012, a precipitação foi de 228,3 mm, ou seja, 228,3 litros
por metro quadrado. Esse volume dá uma média diária de 7,61 litros por metro
quadrado. O volume diário ou total
deve-se multiplicar pela área do Sítio que é de 700.000 metros quadrados.
Quer
dizer, durante o mês de novembro, caíram em média sobre o Sítio das Neves 5
milhões e 200 mil litros por dia, volume suficiente para abastecer o consumo de
um dia de uma cidade de 26 mil habitantes (200 litros por pessoa/dia).
O total
de 159 milhões e 800 mil litros caídos no Sítio, no mês de novembro, pode abastecer
o consumo de um mês a uma comunidade de 2.663 habitantes (200 litros pessoa/dia
x 30).
Em
outros números: 5.200 metros cúbicos por dia, num total de 159.800 metros
cúbicos no mês.
Para
onde vai a água das cidades? Alagam ruas, invadem casas, transbordam córregos,
causam desastres anuais. E a gente não aprende. Por quê? Porque não se tem
ideia de quanta água cai.
No
meu Sítio, totalmente coberto de vegetação, com mais de uma centena de pequenas
barragens, mais de 70% da água é captada e retida permitindo uma excelente
infiltração para recarga dos aquíferos e revitalização das nascentes que formam
os córregos que aqui se originam.
O
mês de dezembro se mostra mais chuvoso. Nada como a abundância de água para a
felicidade de todos os seres vivos do universo.
16.12.2012
Um comentário:
Parabéns pelas reflexões sobre chuvas, enxurradas, nascentes, minadouros, colher as chuvas, parabéns pelo sítio das Neves...
Ví varios artigos sobre água. Legal demais Sr Eugênio... Quem dera existessem centenas pensando assim...
Luciano das barraginhas.
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