quinta-feira, 1 de maio de 2025

AS PIABAS DO CERRADO

 

AS PIABAS DO CERRADO

Nos riachos de águas transparentes,

No silêncio escuro dessas matas

Entre pedras milenares do Cerrado,

Dezenas, centenas ou milhares

Sobem e descem, saltam cachoeiras,

Dançam reluzentes as piabas.

Sentem meus passos sobre a areia

Vêm me saudar em visível alegria.

Irrequietas me olham. Falo com elas.

Mergulho a mão na água fria.

Sem medo, abocanham as migalhas,

Atrevidas, beijam-me os dedos

E fogem sorridentes.

Seu eu fosse um peixinho

E soubesse nadar

Eu ficava com elas

Sem me afogar.

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