AS PIABAS DO CERRADO
Nos riachos de águas transparentes,
No silêncio escuro dessas matas
Entre pedras milenares do Cerrado,
Dezenas, centenas ou milhares
Sobem e descem, saltam cachoeiras,
Dançam reluzentes as piabas.
Sentem meus passos sobre a areia
Vêm me saudar em visível alegria.
Irrequietas me olham. Falo com elas.
Mergulho a mão na água fria.
Sem medo, abocanham as migalhas,
Atrevidas, beijam-me os dedos
E fogem sorridentes.
Seu eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu ficava com elas
Sem me afogar.
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