A COP/21, logo mais em Paris,
primeira semana de dezembro/2015, aguarda propostas de países com desânimo
antecipado. Água escassa em mais de 30 países. Córregos e ribeirões do Distrito
Federal correm quase secos. Aumento implacável de CO2. Queima de
combustível fóssil – petróleo e derivados. Fenômenos naturais devastam cidades
que devastaram seu palco de manifestações. Esses velhos fenômenos continuarão
presentes pela combinação de vários elementos: água, sol, derretimento de
geleiras, ventos, calor, velocidade do planeta, evaporação dos mares, zonas
desertificadas, rios desviados e represados, rompimento do sistema de
inter-relação entre água e florestas. Administrar esses elementos parece estar
fora da capacidade normal da espécie humana que prefere separá-los em
departamentos e ministérios indialogáveis.
A COP/21, espera por metas de
redução de CO2 olhando para 2030. Há, no ar, uma expectativa de
milagre. 196 países estabelecerão, ou não, suas metas em percentuais de redução
do CO2 com a esperança de que o milagre seja operado em 2030. Há
inundação no Sul. Calores insuportáveis no Centro-Oeste. Enquanto isso, o
governo e as empresas privadas do Brasil promovem a venda de automóveis e
eletrodomésticos. Estimulam a agricultura superdependente de água bombeada de rios
ou de fontes subterrâneas. Incentivam metrópoles antiecológicas sufocadas por
gases de efeito estufa. O hoje fica para 2030. A consciência ecológica do
cidadão não liga o hoje com 2030. Se o cidadão não administrar, hoje, sua
própria meta de redução de emissão de gás de efeito estufa, o majestoso
percentual que o governo pretende levar para a COP/21 será uma colorida
fantasia.
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