A evolução da espécie humana
se fez em longas e difíceis caminhadas. A história está repleta de êxodos. Há
que abrir caminhos para sobreviver.
Os sinais, os alertas, os
alarmes e os fatos climáticos já soaram. Ou mudamos o rumo de nossas relações com
a natureza ou seremos mudados. A mudança começa enchendo as ruas de cidadãos convencidos
de seu poder e impelidos pela liberdade de escolher.
Se milhões de trabalhadores decidem
se dirigir a seus postos de trabalho a pé, em bicicleta ou ônibus, vindos do Plano
Piloto, Valparaíso, Santa Maria, Samambaia ou Sobradinho, sem medo de que lhe
cortem o ponto, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Se milhares de funcionários
públicos decidem ir aos ministérios, autarquias, empresas públicas e bancos a
pé, em bicicleta ou ônibus sem medo de não completar relatórios e pareceres
inócuos, a era do combustível fóssil começa a mudar.
Deputados, senadores e
ministros, para não serem vaiados, irão a seus gabinetes a pé, em bicicleta ou
ônibus sem medo de atrasar discursos ou propor leis que não pegam. A presidente
do país irá de bicicleta ao Palácio do Planalto assinar os projetos de lei que
mudam o rumo dos investimentos. A classe política e a elite empresarial sentirão
nos pés a necessidade de propor mudança no rumo dos investimentos.
A multidão silenciosa
recuperará o espaço que milhares de carros lhe usurparam para enterrar em vias,
viadutos e estacionamentos o dinheiro que falta à educação, à saúde e ao
bem-estar.
A mudança começa ao tomar as
ruas de todas as cidades com liberdade e poder coletivo.
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