segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

FINLÂNDIA: BIBLIOTECAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

FINLÂNDIA: BIBLIOTECAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

Na Finlândia, a educação básica de qualidade é consistentemente alta, para todas as faixas etárias, em todo o país, com professores qualificados. O princípio de escola na vizinhança – a escola que as crianças frequentam – é determinada com base na área de residência, para evitar o transporte escolar, só usado em casos especiais. Mantém um sistema de bibliotecas espaçosas, com serviços adequados, bem funcionais e de alta qualidade, separadas da escola, abertas durante todo o ano, com salas de leitura ou trabalho, inseridas no ambiente acolhedor da natureza.

O Centro de Ensino Fundamental do Engenho das Lajes, CEFEL, em Brasília, capital do pais, 520 alunos, dispõe de uma sala, com estantes abarrotadas e uma mesa para leitura. Abre, na semana, durante parte do dia escolar. Fechada nas férias.  O Distrito Federal tem oito bibliotecas escolares comunitárias, localizadas em Brazlândia, Ceilândia, Guará, Planaltina, Sobradinho, Asa Sul. Apenas um quarto das escolas do DF tem biblioteca para uso dos alunos.

Como será em milhares de escolas pelo vasto Brasil?


 


PAZ

 PAZ

A paz, nas relações humanas, ao longo de sua milenar história, depende da sábia administração de dois elementos fundamentais: água que cai de cima e brota de baixo, e alimento que o solo produz. Ambos essenciais para manter saudável o milagre da teia da vida. A finalidade (teleologia) precípua da caminhada humana é usar com parcimônia, alegria e inteligência as águas e os alimentos para que todos os seres vivos que compõem a biodiversidade possam desfrutar do milagre da vida.

A lição da Natureza é unir, manter a interação e a interdependência entre todos os seres vivos humanos e não humanos para o bom uso da água e das energias do solo. A quebra consciente ou inconsciente da união, da interação e da interdependência dos seres vivos, no uso dos elementos essenciais, afeta as leis da natureza e agride a generosidade do pequeno planeta Terra.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

CHUVAS DE NOVEMBRO 2024

 

CHUVAS DE NOVEMBRO  ▬  ANOS 2012 a 2024

SÍTIO DAS NEVES – BR 060 – KM 26 – DF -

Em milímetros ─ 1 mm = 1 litro/m2    

 MÊS                                      MM/MÊS           TOTAL/ANO/ MM

2012                              *         228.3

2013                               –          304.4                2.255,6

2014                               –          194.2                1.677,5

2015                               –          178.5                1.642,7

2016                               -           276.1                1.921,7

2017                               ─         359.3                1.478,7

2018                               –          462.3                1.760.5

2019                               –          163.3                1.069.3

2020                               ─         192.2                1.787,8

2021                                ─        332.5                1.710.8

2022                               ─         190.9                1.279,2 

2023                               ─         252.1                1.323.4) 

2024                               ─          376.3               1.557,0 (no ano)

Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados coletados, no mês de novembro dos últimos 13 anos, graças ao pluviômetro instalado pela Agencia Nacional de Aguas (ANA), no Sítio das Neves (DF), em novembro de 2012. Os dados refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF. O mês de novembro, neste ano de 2024, recebeu 376.3 litros por metro quadrado. O Sitio das Neves (700.000 m2) recebeu   263.410.000 litros dos quais 75% ( 197.557.500) foram absorvidos pela vegetação para recarga dos aquíferos, estabilidade das nascentes e revitalização dos córregos. O acumulado de chuvas do ano de 2024, é de 1.557,0 mm (ou litros por m2,) na região da microbacia do Ribeirão das Lajes, no Distrito Federal.  Por incúria da administração do GDF e ausência de planejamento hídrico, para recarga dos aquíferos, provavelmente, dos 2 trilhões,190 bilhões de litros de água das chuvas de novembro/2024, caídas na área do DF, 90% se perderam asfalto abaixo sem alimentar nossos aquíferos.


 Imagens: O primeiro gráfico registra a abundância de chuvas diárias no mês de novembro de 2024.

O segundo gráfico mostra valores acima de 160 mm, no mês de novembro, dos 13 anos. O pico de 462,3 litros por metro quadrado, em 2018, precedeu o racionamento hídrico imposto aos brasilienses, em 2019.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

 

HOMENAGEADOS

Hoje, 29 de novembro de 2024, às 19 horas, na CLDF, serão homenageadas, por indicação do O Dep. GABRIEL MAGNO,

com base no art. 144 do Regimento Interno  Câmara Legislativa, as seguintes personalidades, fundamentais para a História, a Cultura e a Educação no Distrito Federal.

EUGÊNIO GIOVENARDI- Sociólogo pela Universidade Federal do RGS, licenciado pela UNIJUÍ. Fez curso de doutorado na Universidade de Paris, e pós-graduação na Universidade Tecnológica de Loughborough, Inglaterra. Trabalhou no Banco Nacional de Crédito Cooperativo durante 14 anos. Secretário Nacional de Cooperativismo, Ministério da Agricultura, 1985/86. Foi consultor da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Colômbia e de outras agências da ONU na área de programas de combate à pobreza, de educação e promoção de organizações rurais e regeneração de ecossistemas do Cerrado.

Também serão homenageados:

Angelina Nardelli Quaglia, Arlete Avelar Sampaio, Briane Panitz Bicca (in memoriam), Clodo Ferreira (in memoriam), Henrique Goulart Gonzaga Júnior - (in memorian), Márcia Abrahão Moura, Olgamir Amância Ferreira, Ruth Venceremos, Vicente Sá.

sábado, 16 de novembro de 2024

VITÓRIAS DA REGENERAÇÃO DO CERRADO

 

VITÓRIAS DA REGENERAÇÃO DO CERRADO

 Algumas vitórias da regeneração do Cerrado, na Biocomunidade do Sítio das Neves, contra a insurreição do desmatamento e do fogo.

·       *   Refazimento da vegetação nativa com captação e detenção das águas da chuva.

·       *  Recarga dos aquíferos e afloramento de nascentes.

·      *   Restabelecido o refúgio para antigos frequentadores, como patos selvagens, tucanos, curicacas, saracuras, lobo-guará, veado-catingueiro, macaco-prego.

·        *  Recomposição da biodiversidade, da paz poética e da felicidade vegetal inspiradora.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

CHUVAS DE OUTUBRO - 2013 - 2024

 

CHUVAS DE OUTUBRO    ANOS 2013 a 2024

SÍTIO DAS NEVES – BR 060 – KM 26 – DF -

Em milímetros ─ 1 mm = 1 litro/m2    

 MÊS                                      MM/MÊS           TOTAL/ANO/ MM

2013                               –          179.5                  2.255,6

2014                               –            54.0                  1.677,5

2015                               –            79.9                  1.642,7

2016                               -           185.4                  1.921,7

2017                                            44.1                  1.478,7

2018                               –           228.8                 1.760.5

2019                               –             41.2                 1.069.3

2020                                          205.6                 1.787,8

2021                                         1 67.0                  1.710.8

2022                                          121.5                  1.279,2 

2023                                          119.0                  1.323.4) 

2024                                          177,2                  1.180,7 (no ano)

Aos que seguem o movimento das águas pluviais durante o ano, ofereço os dados coletados, no mês de outubro dos últimos 12 anos, graças ao pluviômetro instalado pela Agencia Nacional de Aguas (ANA), no Sítio das Neves, em novembro de 2012. Os dados refletem a situação pluviométrica de parte da Bacia do Descoberto e Micro Bacia do Ribeirão das Lajes, DF. O mês de outubro, neste ano de 2024, recebeu 177,2 litros por metro quadrado. O acumulado de chuvas do ano de 2024, é de 1.180,7 mm (ou litros por m2,) na região da microbacia do Ribeirão das Lajes, no Distrito Federal.  A estação eletrônica meteorológica do Sítio das Neves registrou temperatura de 21 graus às 6Hs e umidade do ar variando de 87% no começo do mês para 97%, no dia 31, à mesma hora. A umidade durante o dia chegou 22 graus, mesmo com mata ciliar espessa e o curso dos dois córregos tributários do Ribeirão das Lajes. A vegetação nativa, com experiência milenar, suportou corajosamente os meses secos. As caliandras não deram sinal de chuvas até o último dia do mês de setembro. O Embiruçu, com seus 260 anos de vida no Cerrado, que prevê as chuvas, abriu suas flores brancas no começo do mês, coincidindo com as primeiras chuvas, no dia 7.10. Algumas frutas, como mama-cadela, as primeiras mangabas e bacuparis prometem bons sabores. As águas das nascentes resistiram valentemente, graças à vegetação nativa e à espessa camada de raízes que retêm a unidade na área da vereda protegida. Impávido, o grupo de buritis ainda infantes, conservam água no pé.

Imagem: O gráfico registra a irregularidade das chuvas no mês de outubro.


 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

AS DUAS FACES DO CERRADO

 

AS DUAS FACES DO CERRADO

 

Aprendi, aos 40 anos, que o Cerrado tem duas faces ecológicas. Uma seca, outra molhada. Sol e água. Compreendi, observando os efeitos do Sol, na face seca e a importância da água, na face molhada, a sabedoria cooperativa de interação e interdependência entre ambos para a manutenção e regeneração do bioma Cerrado e seus múltiplos ecossistemas. Detive-me a ver, durante dez anos, centenas de metros cúbicos de água descendo por grotas, lavando o solo queimado, arrastando pedras, paus e folhas para o Ribeirão das Lajes. Percebi, aturdido, que a face seca clamava pela face molhada. A inteligência ambiental me iluminou. Levantei, com a colaboração de outros braços, mais de uma centena de pequenas barragens para guardar no solo as lágrimas torrentosas da face molhada. O segredo da manutenção e a regeneração da grandeza e beleza do Cerrado, disse-me a inteligência ambiental, é captar e guardar as águas da chuva. Tudo o mais, a natureza faz. Ela tece, com alegria e liberdade, a teia da vida humana e não humana com experiência de bilhões de anos. Por isso, deixei-me invadir pela inocente felicidade vegetal.

Ontem, dia 27 de outubro, celebramos os 50 anos de liberdade conquistada pelos 70 hectares da Biocomunidade do Sítio das Neves, festejamos aniversários de árvores centenárias e bicentenárias, prestamos homenagem póstuma a um angico cinquentão, tetravô, atropelado por um raio.

A paz e a felicidade arbórea contagiaram os olhos e as mentes de todos nós.